terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Síndrome do túnel cubital


É a compressão do nervo ulnar na região do cotovelo, mais precisamente na porção posterior do epicôndilo medial, entre os feixes longo e curto do flexor ulnar do punho.
As causas são variadas, podendo ser desde o uso excessivo da articulação, passando por algum trauma na região, como também anomalias anatômicas.

O paciente poderá apresentar sensação intermitente de dormência e formigamento na região hipotênar da mão, no dorso medial da mão e no quarto e quinto dedos. Essa sensação pode evoluir para dor na região do cotovelo que se irradia pelo antebraço em sua porção ulnar, pela mão, até o quarto e quinto dedos. Também irá apresentar fraqueza muscular na região inervada pelo nervo ulnar e, em casos mais graves, hipotonia dos músculos da região hipotênar e dorsal média da mão. Todas essas sensações são exacerbadas com a manutenção da flexão de cotovelo.
            Os testes que podem identificar tal patologia são dois:
·         Sinal de Tinel: o nervo ulnar será percutido na região posterior do cotovelo. Será positivo se após alguns segundos o paciente relatar dormência irradiada pelo antebraço.
·         Flexão forçada do cotovelo: o fisio irá realizar uma flexão passiva do cotovelo e irá permanecer nessa posição por cerca de 3 minutos. Será positivo se neste tempo o paciente se queixar de dormência, formigamento ou dor na região ulnar do antebraço.

O tratamento será direcionado de acordo com a gravidade do caso. Em pacientes com sintomas leves, o tratamento é simples: evitar a flexão de cotovelo, principalmente no período noturno, e evitar apoiar os cotovelos. Em pacientes que já referem fraqueza e/ou hipotonia muscular, a cirurgia é a mais indicada.

A fisioterapia entrará na reabilitação logo após o pós-operatório. Durante o período de imobilização (2 semanas), o fisio deverá realizar a mobilização precoce dos dedos e mãos, para evitar o edema e a rigidez articular. Após isso, deverá realizar exercícios de fortalecimento e sensibilização da região ulnar do antebraço e mão. A mobilização do cotovelo deverá ser lenta e progressiva.
O paciente só terá resultado meses após a cirurgia, sendo anulado quase por completo os sintomas da síndrome.

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