sábado, 9 de março de 2013

Artrose

A artrose, também conhecida como osteoartrose, é um desgastes prematuro e excessivo das camadas de cartilagem que cobrem o osso, as quais podem desaparecer completamente. Esta perda de cartilagem pode ser detectada por raio X, que mostra a degeneração da capsula articular, contudo, a ressonância magnética é melhor e mais precisa.
As fases finais da artrose são acompanhadas de degeneração articular visível. O estreitamento do espaço articular é razão de uma mobilidade cada vez mais limitada, podendo provocar uma imobilidade quase completa da articulação.

Causas da artrose

A causa exata desta patologia não é totalmente entendida, embora vários fatores possam contribuir para o desenvolvimento da doença.
  • Idade: afeta, geralmente pessoas com mais de 50 anos;
  • Gênero: mais comum no sexo feminino;
  • Genético: é uma condição que, geralmente, é herdada;
  • Obesidade: devido à pressão adicional sobre as articulações, principalmente em membros inferiores;
  • Lesões, pós-operatório articular ou imobilidade;
  • Secundário à outra patologia.

Fatores de risco

  • Obesidade;
  • Esportes de impacto;
  • Doenças metabólicas, como diabetes e hipotireoidismo;
  • Defeitos posturais congênitos ou adquiridos; 
  • Doenças que afetam a cartilagem, como a gota e a condrocalcinose.

Sinais e sintomas

A artrose pode ser suave e pouco interferir no cotidiano, mas na maioria dos casos pode causar dores graves e incapacidade motora.
Entre os sinais de alerta estão: a rigidez articular ao levantar-se pela manhã ou após muito tempo sentado; inchaço de uma ou mais articulações; sensação de atrito entre os ossos; sons audíveis de atrito entre os ossos.
Os sintomas mais comuns são dores articulares, limitação de movimento e deformação da articulação.

Evolução 

Radiologicamente, a artrose pode ser dividida em quatro fases distintas e sucessivas:
  1. O estágio 1 é o começo da artrose. Além de uma esclerose discreta, não se vê muito mais na radiografia. Os sintomas clínicos são leves e aparecem e desaparecem em função da carga imposta à articulação.
  2. No estágio 2 os primeiros sinais de degradação da mobilidade. A rigidez posterior ao repouso ou ao iniciar o movimento aumenta. Há dor ao iniciar o movimento e perda de força gradual durante a realização deste. Nas radiografias aparecem os primeiros osteófitos finos e podem ser observados pequenos cistos subcondrais.
  3. No estágio 3 há sinais de intensa inibição da mobilidade, em parte pela rigidez e dor ao início do movimento e em parte por alterações físicas, tais como o estreitamento do espaço sinovial e o início da deformação articular. A força aparece limitada e pode haver inflamação. Nas radiografias é comum a presença de osteófitos e cistos.
  4. No estágio 4 desaparece a flexibilidade articular. O paciente se esforça para compensar a imobilidade articular. Há inflamação recorrente e descompensação muscular. Nas radiografias aparecem osteófitos e cistos e o espaço subcondral está parcialmente ou completamente ocupado.

Tipos de artrose

Artrose coxo-femoral

Este tipo de artrose atinge cerca de 20% das pessoas com idade acima de 55 anos e, apesar de ser menos comum que a artrose de joelho, sua sintomatologia é frequentemente mais grave. A gravidade da artrose no quadril leva a consequencias que excedem a degeneração da cartilagem, estando diretamente relacionada com dor, rigidez articular e disfunção muscular.
Por seu caráter crônico, o tratamento atual para a artrose coxo-femoral detém-se em combater sua sintomatologia. Sendo assim, a prevenção e controle da progressão dos sintomas pode ser feito com analgésicos, fisioterapia (analgesia e fortalecimento muscular) e artroplastia de quadril.
Contudo, a alternativa para a maioria das pessoas com artrose coxo-femoral é o tratamento convencional (medicamentos e fisioterapia), que ajuda a reduzir e aliviar os sintomas, melhora a função e retarda a evolução, além de ser economicamente mais vantajoso.

Artrose de joelho

Também conhecida como gonartrose, pode ser decorrente de vários fatores como traumas diretos, microtraumas de repetição, quedas, sobrepeso, mas, principalmente, de fatores genéticos.
Nos casos de desgaste inicial utiliza-se tratamentos com reforços musculares, cuidados com o peso e orientações para o dia-a-dia. Também são usados medicamentos que a longo prazo melhoram a lubrificação articular e mobilização, diminuição da dor e da velocidade do desgaste articular.
Nos casos em que o resultado é precário, associa-se aplicações de ácido hialurônico, que é um fator estimulante dos condrócitos. Quando não se obtém o resultado esperado, é indicado o tratamento cirúrgico com substituição do local danificado.

Artrose das mãos

Na mão, a artrose aparece principalmente na ponta dos dedos. É raro ela acometer outras articulações dos dedos e, nestes casos, o paciente deve ser investigado para outras doenças reumatológicas. Na articulação interfalangiana distal, a artrose causa dor, inchaço da articulação, diminuição dos movimentos e presença de cistos na região posterior.

Artrose da base do polegar

Conhecida como rizartrose, tem como sintoma mais comum a dor na região postero-lateral da base do polegar. Ela piora com atividades que exijam o movimento de pinça com os dedos. Numa fase inicial, a dor aparece apenas ao acordar, porém, quando a doença progride, pode haver dor no repouso e até durante a noite.
Nos casos severos a articulação fica deformada, que é decorrente do deslizamento do primeiro metacarpo sobre o trapézio. Para compensar, a articulação metacarpo-falangeana aumenta sua mobilidade, causando uma deformidade em 'zig-zag'.
O tratamento sempre é definido fazendo uma correlação entre a quantidade de dor e a incapacidade produzidas pela artrose com a gravidade do desgaste observado nas radiografias.
A tentativa inicial de tratamento é o controle da dor com medidas para diminuir o processo inflamatório. A fisioterapia poderá utilizar crioterapia, ultra-som e T.E.N.S., além da prescrição de talas para imobilização da articulação. Concomitante com a fisioterapia, é exsencial a administração de antiinflamatórios não esteróides e, em casos mais severos, a infiltração de Xilocaína ou Cortisona.

Artrose dos pés

A artrose nos pés pode ser causada por vários motivos diferentes, entre eles, destacam-se a ocorrência prévia de fratura, o reumatismo, a idade avançada e as deformidades congênitas. Os principais sintomas da artrose no pé são dor, perda do movimento e inchaço. Existem algumas alternativas de tratamento para os casos de artrose nos pés, entre elas as principais são medicamentos especiais, fisioterapia, palmilhas sob medida e cirurgias. As cirurgias para artrose, hoje em dia, são realizadas com técnicas menos agressivas, de recuperação mais tranquila e rápida do que antigamente. Mesmo assim, a cirurgia é realizada quando as outras alternativas não proporcionaram alívio adequado.

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