quinta-feira, 2 de abril de 2015

Autismo

Embora inúmeras pesquisas venham sendo desenvolvidas para a definição do que seja o autismo, esse transtorno é uma condição classificada no DSM-5 como pertencente à categoria denominada Transtorno de Desenvolvimento.
Desde a primeira descrição, feita por Kanner em 1943, existe um consenso em torno do entendimento de que o que caracteriza o autismo são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse.
O transtorno do espectro do autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento que persiste por toda a vida e não possui cura nem causas claramente conhecidas. No entanto, sabe-se que intervenções e métodos educacionais com base na psicologia comportamental têm demostrado reduzir os sintomas do espectro do autismo e promover uma variedade de habilidades sociais, de comunicação e comportamentos adaptativos.

Diagnóstico

Critérios clínicos para o estabelecimento do diagnóstico indicam que os primeiros sinais do transtorno podem ser identificados entre 6 e 12 meses, tornando-se mais perceptíveis e estáveis entre os 18 e 24 meses. Contudo, mesmo com a constatação de possibilidades de rastreamento ainda na primeira infância, apenas uma minoria dos casos é diagnosticada antes do período pré-escolar.
Se esse diagnóstico for realizado nos primeiros 3 anos e associado a intervenções precoces intensivas e de longo prazo, terá um impacto positivo no prognóstico, sobretudo em relação à adaptação psicossocial e familiar, ao desempenho cognitivo, ao comportamento adaptativo e às habilidades de comunicação e interação social.
O diagnóstico é essencialmente clínico. Leva em conta o comprometimento e o histórico do paciente e norteia-se pelos critérios estabelecidos por DSM–IV (Manual de Diagnóstico e Estatística da Sociedade Norte-Americana de Psiquiatria) e pelo CID-10 (Classificação Internacional de Doenças da OMS).

Sintomas

O quadro clínico de uma criança com autismo apresenta:


  • ausência de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, incidência de movimentos estereotipados e repetitivos, deficiência mental;
  • o portador é voltado para si mesmo, não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente; consegue falar, mas não usa a fala como ferramenta de comunicação (chega a repetir frases inteiras fora do contexto) e tem comprometimento da compreensão;
  • domínio da linguagem, inteligência normal ou até superior, menor dificuldade de interação social que permite aos portadores levar vida próxima do normal.
Na adolescência e vida adulta, as manifestações do autismo dependem de como as pessoas conseguiram aprender as regras sociais e desenvolver comportamentos que favoreceram sua adaptação e auto-suficiência.
Segundo uma cartilha criada pela AUMA (Associação dos Amigos da Criança Autista), caso a criança apresente pelo menos sete das características a seguir, ela pode ser portadora do transtorno.


     

  

  

  


Tratamento

Até o momento, não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. Contudo, de acordo com estudos realizados na área, a inclusão social desses indivíduos favorece o desenvolvimento psicossocial das crianças autistas.


Referências
VARELA, D. Autismo. Disponível em: http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo/. Acesso em: 02/04/2015.
AMA. Autismo - definição. Disponível em: http://www.ama.org.br/site/pt/definicao.html. Acesso em 02/04/2015.
AUMA. Autismo. Disponível em: http://aumapassofundors.blogspot.com.br/. Acesso em 02/04/2015.

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