terça-feira, 7 de maio de 2013

Convulsão pós AVC

O acidente vascular cerebral (AVC) é caracterizado pela perda rápida da função neurológica recorrente pelo entupimento ou rompimento de vasos sanguíneos cerebrais. É um doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralização ou dificudade de movimentação de um hemisfério do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual de súbito de parte do campo visual.
As principais sequelas do AVC são as sequelas motoras e de linguagem, porém várias outras complicações podem ocorrer, entre elas as crises convulsivas.
Os AVCs constituem uma das causas mais importantes de crises convulsivas tardias, sendo observado em cerca de 30 a 45% dos indivíduos com mais de 60 anos que passam por convulsões.

Convulsão é a mudança súbita de comportamento provocada pelo excesso de atividade elétrica no cérebro. Estas alterações podem refletir-se a nível da tonicidade corporal, gerando contrações involuntárias musculares com movimentos desordenados, alterações do estado mental ou outros sintomas psíquicos.

Tipos de convulsão

De ausência: a pessoa perde a consciência por um breve momento;
Clônicas: apresenta movimentos involuntários em ambos os lados do corpo;
Mioclônicas: envolvem movimentos voluntários da parte superior do corpo;
Tônicas: contração súbita de um grupo muscular. Mais frequente durante a noite;
Atônicas: perda do controle muscular, fazendo a pessoa cair e até desmaiar;
Tônico-clônicas: envolve a combinação dos sintomas das convulsões clônicas e tônicas.

Recomendações

Diante de um quadro de convulsão:

  • Deite a pessoa de lado para que não se engasgue com a própria saliva ou vômito;
  • Remova todos os objetos ao redor que tenham risco de machucá-la;
  • Afrouxe-lhe as roupas;
  • Erga o queixo para facilitar a passagem de ar;
  • Não introduza nenhum objeto na boca ou tente puxar a língua;
  • Permita que a pessoa descanse ou até durma após uma crise


O que não fazer

Durante e após um crise convulsiva é importante que certos cuidados sejam tomados para garantir a integridade física tanto da pessoa que está sofrendo a convulsão como do seu acompanhante:

  • Não se deve imobilizar os membros superiores e inferiores durante a crise, isso pode causar lesões físicas tanto na pessoa que está sofrendo a convulsão como naquela que está tentando contê-lo;
  • Não tentar balançar a pessoa, esse procedimento pode provocar falta de ar;
  • Não coloque os dedos dentro da boca da pessoa, a contração muscular involuntária dos músculos da mastigação pode fazer com que a pessoa lhe morda com bastante força e isso pode machucá-lo;
  • Em casos associados com febre, não dar banhos, pois a pessoa corre o risco de se afogar, principalmente os banhos de banheira. Também não se deve usar compressas de álcool, visto o risco de lesões oculares e o perigo de acidentes com chamas;
  • Não medique durante a crise, os reflexos da pessoa estão alterados e ela pode se engasgar com o medicamento. Também não administre medicamentos sem consultar um médico;
  • Não se deve realizar atividades físicas durante 48h após a crise por dois motivos: primeiro, a convulsão é um fenômeno que causa exaustão neuromuscular, segundo, atividades físicas podem desencadear uma nova crise.

2 comentários:

  1. Só faltou alguns detalhes bioquímicos, contudo, um interessante texto.

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  2. Pessoas com medicação prescrita por neurologista, pra evitar convulsão e ainda sim tem.Quais detalhes bioquímicos?

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